O porquê eu acho que você deveria agradecer mais

Vim te agradecer e agradecer a vida também

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Acervo pessoal | ESALQ – USP / Julho de 2018| Foto: Gabi Lambais


Uma das coisas que eu mais gostei que me aconteceu esse ano foi ser grata pelas pequenas coisas do meu dia. Tornou tudo mais fácil. E simplesmente me fez uma pessoa mais tranquila e leve. Grata por acordar de madrugada aparentemente sem motivo e poder olhar o sol nascendo pela janela. Grata por conseguir fazer prato de comida tão gostosos, mesmo com a correria e longe da casa dos meus pais. Grata por ter começado a conquistar meus maiores sonhos. Grata por amizades sinceras. Por pessoas que realmente gostam de quem eu sou. Grata por singelos gestos de carinho. Grata por poder rir e dançar com as pessoas que eu gosto. Grata. Simples e puramente grata.

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Phoe.nix

como Fênix eu renasci/ você bem que tentou/ mas não conseguiu me derrubar

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e cada vez que algum pedaço meu se desfaz

por entre suas mãos

o que me resta ressurge

como ocorre com as cinzas

na Mitologia

e eu renasço vez após vez dentro de mim mesma

cada vez mais implacável

Redenção

Tenho (mais) um conselho para te dar:

redenção



Quando você aceita certos fatos da vida, as coisas parecem fluir melhor. Quando você para de lutar contra a correnteza. Quando você entende que certos acontecimentos têm um sentido e um porquê. Quando você simplesmente deixa estar. Mas não se acomoda.

Sair da própria zona de conforto é um desafio muito grande para qualquer pessoa. Dá medo. Gera dúvidas. Às vezes é melhor mergulhar nisso de olhos fechados. Exige coragem, mas é recompensador. Sair da zona de conforto é se colocar a prova. Entrar em situações antes inexploradas, como tomar coragem para falar algo para alguém que sempre precisou falar, mas temia o curso que as coisas poderiam tomar com essa declaração. É passar a praticar ações sempre almejadas, mas que nunca tinham sido iniciadas – e que te fazem um bem danado. É largar um curso e começar outro completamente diferente. É para de ver os filmes de sempre e se aventurar em novos gêneros, numa busca por autoconhecimento e crescimento pessoal, afinal, certas experiências cinematográficas podem te transformar determinantemente. É ir numa festa sem ter certeza se gosta de festas. É aceitar o convite para um encontro com alguém antes nunca imaginado (ou simplesmente não conhecido). É se permitir.medo, eu sei que dá. Mas você nunca mais vai querer voltar atrás quando fizer isso. Continue lendo “Redenção”

Alívio

respirando leve

dia 5 alívio



Quando você não é uma pessoa que guarda rancor, parece simples entender o porquê de uma reconciliação, por exemplo, torna-se leve olhar para as pessoas que tiveram ou têm problemas com você ─ embora existam pessoas com energia tão negativa que só de olhar a gente já quer ir sair de perto ─, mas quando o sentimento vem de dentro de você, e simplesmente ali só tem paz, não tem raiva, ódio ou ressentimento (talvez existam algumas dúvidas quanto a pessoa, mas isso é normal) o susto pode até acontecer ao cruzarem seu caminho. Mas é só susto. Não é pavor. Não é medo. Não é constrangimento. É meramente o inesperado.

Nesse caminho de tentar me tornar uma pessoa boa (de verdade), eu aprendi muitas coisas. Coisas que culminaram em mais amor próprio, aceitação de mim e do outro, empatia, compreensão, paz de espírito, sem contar mais autoconhecimento. Eu falo muito disso por aqui, eu sei, mas confia em mim: é importante. Assim como é importante saber que precisa higienizar todas as hortaliças antes de consumir para evitar contágio com doenças básicas, é preciso trabalhar o autoconhecimento. Você é sua morada, você precisa saber onde fica cada chavinha, cada detalhe. E calma, você tem uma vida inteira para isso. Tudo no seu tempo.

Nessa saga, eu senti alívio várias vezes. E vou contar para vocês, hoje, meu alívio favorito: o do sofrimento da perda de um amor. Ou de alguém simplesmente muito presente que sai da sua vida. Não, não estou falando de “nossa, que bom que esses atrasos de vida se mandaram”. Não. Estou falando de não sofrer tanto com isso, não por não se importar, mas por entender coisas relevantes sobre si mesmo e sobre a vida. Ficar triste, ficar calada e mais reservada, ainda são comportamentos comuns quando fico magoada. Simplesmente ok. A questão é que já não existe aquela martelação de coisas negativas, o martírio, o rancor, a remoedura da situação várias e várias vezes (vou mentir se disser que não repasso certos momentos na minha mente ou sofro em dadas situações, quando me lembro de algo dito que me feriu, ou situações de arrependimento), isso passou. Os dias seguem mais tranquilamente sem um peso grande nas costas. Talvez porque a vida adulta seja tão cheia de tarefas que está difícil me preocupar com tudo ao mesmo tempo, ou porque por entender melhor algumas situações eu simplesmente deixo estar. Logo eu, que já sofri tanto com ansiedade, impulsividade e imediatismo. Evoluções da alma a gente só agradece.

Isso é alívio.

Alívio é poder ser quem você é sem sentir medo, por gostar verdadeiramente de quem é (trabalho constante para todos nós), alívio é tirar um sentimento muito ruim entalado no peito ao conversar com alguém (envolvido na situação ou não), alívio é poder seguir seus dias, independentemente de conflitos nas relações pessoas (não importa quantos forem, às vezes são vários, e a gente se cansa), e não guardar sentimentos ruins dentro do peito em relação às pessoas.

Às vezes elas merecem segundas (terceiras, o ordinal que você quiser aqui) chances. Às vezes não. O tempo vai te dizer isso. Elas mesmas vão te mostrar. E é só deixar que o curso das coisas corra, e o tempo faça seu trabalho (clichè) que isso se comprova. De resto, por favor, se permita sentir esse tipo de alívio. Está sendo uma das melhores sensações da minha vida, algo que eu nunca imaginei que experimentaria, porque nem sabia que era possível! Mas é, e olha, não troco essa paz de espírito por nenhuma fortuna material.

Extremamente grata por esse aprendizado da vida.

Dor

Qual a sua dor do momento?

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Não sei com que certa idade

Eu descobri uma maior sensibilidade

A dor

Mas ainda bem que aqui,

Estou falando de dores físicas.

 

Sempre senti intensamente as coisas

Sempre tive o mau costume do mergulho de cabeça

Sempre fui muito fiel ao que acredito

E isso sempre me deixou mais vulnerável a dor Continue lendo “Dor”

Autosabotagem

Navegue por suas águas turbulentas/ permita-se mergulhar​ nas suas próprias profundezas/ mas não se afunde: mergulhar em si, é diferente de usar as próprias dores como âncora/ isso é autosabotagem

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Piracicaba, 17 de dezembro de 2018

Caro leitor,

Não se autosabote.

Se eu, na minha humildade, posso te recomendar alguma coisa é que não se autosabote. Não permita que deixe de fazer as coisas que mais gosta por insegurança. Não deixe de falar o que sente e pensa por insegurança. Não deixe de cuidar verdadeiramente de você por insegurança. Não mantenha comportamentos destrutivos por hábito.

Não se autosabote. Continue lendo “Autosabotagem”

Resiliência

E o tempo se mostrou meu melhor aliado/ na cura da dor/ no amadurecimento/ na obtenção das (tão desejadas) respostas

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Eu só queria comprar a verdade. Eu só queria comprar o futuro.

Eu só queria saber o que vai acontecer daqui dez anos. Ou daqui dez meses. Eu só queria saber se o ontem é reflexo do amanhã, de alguma forma é, mas se é o começo. Eu só queria saber se no final das contas eu estava errada. Se eu estava certa em ter acreditado. Eu só queria Continue lendo “Resiliência”