Tenho (mais) um conselho para te dar:

redenção



Quando você aceita certos fatos da vida, as coisas parecem fluir melhor. Quando você para de lutar contra a correnteza. Quando você entende que certos acontecimentos têm um sentido e um porquê. Quando você simplesmente deixa estar. Mas não se acomoda.

Sair da própria zona de conforto é um desafio muito grande para qualquer pessoa. Dá medo. Gera dúvidas. Às vezes é melhor mergulhar nisso de olhos fechados. Exige coragem, mas é recompensador. Sair da zona de conforto é se colocar a prova. Entrar em situações antes inexploradas, como tomar coragem para falar algo para alguém que sempre precisou falar, mas temia o curso que as coisas poderiam tomar com essa declaração. É passar a praticar ações sempre almejadas, mas que nunca tinham sido iniciadas – e que te fazem um bem danado. É largar um curso e começar outro completamente diferente. É para de ver os filmes de sempre e se aventurar em novos gêneros, numa busca por autoconhecimento e crescimento pessoal, afinal, certas experiências cinematográficas podem te transformar determinantemente. É ir numa festa sem ter certeza se gosta de festas. É aceitar o convite para um encontro com alguém antes nunca imaginado (ou simplesmente não conhecido). É se permitir.medo, eu sei que dá. Mas você nunca mais vai querer voltar atrás quando fizer isso.

Se desafiar é libertador, é instigante e transformador. E é por isso que o título desse texto é redenção. De certa forma, ele visa sintetizar tudo que foi dito anteriormente. Como lidamos com a dor, com o autoperdão, com nossa autosabotagem, como é importante a resiliência, como é gratificante se perdoar e perdoar os outros, como é importante se sentir bem consigo mesmo, para não se sentir só. É sobre se libertar das amarras do imediatismo, do materialismo, do julgamento alheio, da autocrítica severa. É se entender, para entender melhor o mundo ao seu redor. E mergulhar em si mesmo também exige muita coragem, mas novamente, não é um caminho em que vai querer voltar atrás.

E para tudo isso acontecer, precisamos sair da nossa zona de conforto, encarar o novo. O novo em nós e no outro. E o novo dá medo. O diferente instiga e nem sempre de maneira positiva. Por isso tanta gente chacoteia o que é “estranho”. É preferível se afastar (e dessa forma, dar uma justificativa) para o que é novo, do que simplesmente encará-lo de frente e tentar entender, saindo do que é confortável.

Existem coisas em você mesmo, que você não faz ideia, camadas e camadas de qualidades, de capacidades inexploradas. Podemos fazer coisas mais incríveis do que achamos que é possível, você precisa se permitir, e para isso, precisa primeiramente se explorar.

Não há dúvidas que vai encontrar algo interessante dentro de si. Um novo dom, mais paciência, uma paixão, amor-próprio. Este último deveria ser considerado como superpoder, fala-se tanto, mas é algo tão difícil a ser trabalhado. É algo que as poucos te liberta, te acolhe, cuida. Não te aprisiona. É redenção.

(Para quase todos seus problemas).

Saia da sua zona de conforto.

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